dezembro 01, 2010


Ontem resolvi assistir profissão repórter com minha mãe, e durante todo o programa me sentia pasma com a situação de algumas pessoas que de fato não merecem a realidade que vivem. Pessoas boas, a maioria com um oficio, crianças e idosos, dividindo pequenos espaços de um antigo hotel abandonado, invadido, na grande São Paulo. Fiquei me perguntando o porquê de muitos estarem ali, pensei na falta de oportunidade e no excesso de simplicidade. Podem ser vítimas do sistema, da falta de informação e assistência dos maiorais, do egoísmo natural do ser humano. De qualquer forma, sei que cada uma dessas pessoas carregam em si sua historia de vida, e que vai muito além de motivos óbvios. Não sou ninguém pra julga-los, a única coisa que sei é que nenhum ser humano de bom coração merece ser tratado feito rato.
Me senti tão inútil sem poder fazer nada por aquela gente sofrida, batalhadora, que só quer um canto pra viver em paz. Fiquei surpresa com o esforço de todos para conviver em "sociedade", pois o prédio servia de abrigo para 1200 pessoas, com apenas 1 torneira, algumas ligações clandestinas e uma grande cozinha onde era necessário muita colaboração para funcionar. Através de doações todos eram bem alimentados, e a organização e regras impostas por eles mesmos, faziam com que, os dias ali naquele "muquifo" parecessem bastante confortáveis. Veja só que ironia, nós aqui, tão acomodados e mal agradecidos, jurando que estamos fazendo a nossa parte, quando na verdade só estamos alimentando esses "grandes peixes", que não dão a mínima para a real situação do nosso povo.
Me peguei em prantos no fim da reportagem, quando vi as famílias sendo obrigadas a evacuar o prédio e ir pra rua, a grande maioria, claro, sem ter onde ficar, se abrigando em baixo de lonas e improvisando tudo como pode. A grande luta diária de pessoas dignas e batalhadoras, capazes de impor suas próprias regras e criar uma verdadeira sociedade alternativa. Homens e mulheres, desvalorizados e pequenos diante do poder Burguês.
Eu juro, que se fosse possível, eu compraria aquele edifício, reformaria, e com algumas colaborações, tentaria mudar a vida de toda aquela gente.

[Raísa B.]

3 comentários:

  1. Nossa tocado c a materia , sim uma verdadeira reflexão de valores , nada pior do que estar na rua passando as necessidades e mazelas que sao oferidas , alem da vida dificil o governo bem que podia se acertar e fzr desapropriaçao quando se tivesse ao menos CDHU para a populaçao , pois crianaças , idosos e seres humanos sao jogados na rua , sem condiçoes nenhuma para arrumar um canto para morar .
    Raisa vc arrasou na materia , alem de me tocar vc foi direta e reta nas palavras

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  2. conserteza esta materia mostra a verdadeira e cretina realidade deste pais onde o preconceito, a falta de bom senso e ganancia predominam.
    o proprio povo brasileiro costuma dizer que não desiste nunca, e estes assim como milhares estão fazendo aquilo que ao que parece ja se acostumaram a fazer"lutar pela sobrevivencia", e é incrivel a organização e união que podemos ver claramente entre eles, e enquanto reclamamos de nossas vidinhas fulteis e achamos que um simples problema do nosso cotidiano é o inicio do fim, vemos que aquelas pessoas continuam olhando para um novo começo.
    assim como voce, tambem fiquei emocionado ao final da materia, não sei se teve a mesma visão,mas particularmente me emocionei ao ver aquelas pessoas na rua, a recem nascida khetelyn (cito o nome pois foi oque me chamou mais atenção ao final)que mesmo tão nova ja faz parte deste maldito sistema, a tristeza daqueles que não tem como trabalhar, e a angustia de quem lutou para fazer aquele predio ao menos chegar oa ponto de ser abtado e ver tudo se perder em menos de meia hora.
    com tudo sinto-me como um rato em meio a milhares de cobras, onde povo ver as soluções,mas não posso aplicalas.
    a reflexção da materia descrita em seu texto foi a prova de que em um pais tão imenso ainda podemos encontrar pessoas que se preocupam com a sociedade e que mesmo com tanta impunidade ainda podemos erguer a cabeça e se unir para produzir um mundo melhor...

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  3. com certeza esta matéria mostra a verdadeira e cretina realidade deste pais onde o preconceito, a falta de bom senso e ganancia predominam.
    o próprio povo brasileiro costuma dizer que não desiste nunca, e estes assim como milhares estão fazendo aquilo que ao que parece já se acostumaram a fazer"lutar pela sobrevivencia", e é incrível a organização e união que podemos ver claramente entre eles, e enquanto reclamamos de nossas vidinhas fúteis e achamos que um simples problema do nosso cotidiano é o inicio do fim, vemos que aquelas pessoas continuam olhando para um novo começo.
    assim como você, também fiquei emocionado ao final da matéria, não sei se teve a mesma visão,mas particularmente me emocionei ao ver aquelas pessoas na rua, a recem nascida ketlyn (cito o nome pois foi oque me chamou mais atenção ao final)que mesmo tão nova já faz parte deste maldito sistema, a tristeza daqueles que não tem como trabalhar, e a angustia de quem lutou para fazer aquele prédio ao menos chegar ao ponto de ser habitado e ver tudo se perder em menos de meia hora.
    com tudo sinto-me como um rato em meio a milhares de cobras, onde povo ver as soluções,mas não posso aplicá las.
    a reflexão da matéria descrita em seu texto foi a prova de que em um pais tão imenso ainda podemos encontrar pessoas que se preocupam com a sociedade e que mesmo com tanta impunidade ainda podemos erguer a cabeça e se unir para produzir um mundo melhor..

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